O que é Live Action Role Play (LARP)? (PARTE 2) – FINAL

Atualizado em 15/08/2016

Crédito: Creative Commons / Flickr
Crédito: Creative Commons / Flickr

Um tópico publicado no Facebook nesta semana por Luiz Falcão, integrante do grupo Boi Voador, chamou a atenção deste blog. Estava escrito: “Amigos, gostaria de pedir a opinião de vocês. Estamos dando um trato na página do Boi Voador, (…). Temos dois textos candidatos à página ‘O que é larp’ e eu gostaria da opinião de vocês, para saber qual deles vocês preferem”.

Os textos podem ser lidos aqui e aqui (as páginas são bem parecidas, mas não são o mesmo texto). Um deles tem uma definição mais técnica e o outro, é mais voltado para leigos. O debate já chegou a um consenso sobre qual texto é melhor, embora tenha sido dito que o outro também vai ser usado. Contudo, o tema deste post não é exatamente esse.

Já que é para discutir sobre LARP, o “Fantasia em Jogo” não poderia ficar de fora. Numa ocasião anterior, o blog entrevistou algumas pessoas para explicar o conceito de LARP, mas, hoje, a abordagem vai ser diferente.

O que é LARP segundo o Fantasia em Jogo

Em muitos videogames, você controla um personagem e tem que passar fase por fase até terminar o jogo. Não existe muita autonomia para o jogador. Pode ser que o chefão de uma fase possa ser vencido de diferentes maneiras, mas a única coisa que o jogador faz é usar o personagem para cumprir um roteiro previamente estabelecido.

E se o jogador não quisesse lutar contra o chefão? Melhor ainda: e se o jogador quisesse se juntar ao chefão? Ou se ele quisesse destruir a vila ou o mundo ao invés de salvá-los? Não dá para fazer isso em videogames em que seja apenas você e a máquina. MMORPGs quebram essa limitação, pelo menos em parte, mas o LARP pode ir ainda mais longe.

Não existe impossível no LARP

Que tal entrar no jogo e SER o personagem ao invés de apenas controlá-lo numa máquina? Que tal criar uma identidade totalmente nova e desafiar sua mente e suas emoções a entrarem num mundo totalmente desconhecido? Figurino e cenário ajudam. Porém, o que realmente faz um LARP é o tamanho da imaginação dos organizadores e dos jogadores.

Quem nunca sonhou em fazer o que fazem os personagens de filmes e livros? Quem nunca sonhou em poder marcar o próprio nome na história através de feitos impossíveis no mundo real? Um LARP não faz acontecer o impossível, mas ele pode sim dar a sensação de que a pessoa está fazendo o impossível.

As muitas vidas de um jogador de LARP

Mesmo um LARP baseado no mundo real pode levar os jogadores a um universo para o qual jamais olhariam. Se você tem curiosidade para saber como um prisioneiro de guerra se sentia diante dos algozes dele, você pode descobrir. Se quiser saber como um médico se sente ao não conseguir salvar uma vida, você pode descobrir. O LARP faz o jogador vivenciar muitos tipos de situação, seja num mundo fantasioso ou num mundo baseado em acontecimentos cruéis.

Mago, vocalista de banda de rock, herói de contos de fada, vampiro, caçador Mandaloriano, alquimista, lobisomem, pistoleiro, robô que pensava ser um humano… o autor deste blog já foi várias pessoas e é por isso que o “Fantasia em Jogo” pode dizer com propriedade: LARP é a chance de viver e de criar todo o tipo de situação e de realidade. Ela será tão vasta quanto a imaginação permitir.

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