“Lobisomem: O Apocalipse” – a visão de Garra-das-Sombras (PARTE 1)

Lobisomem: O Apocalipse
Crédito: Creative Commons / Flickr

“Lobisomem: O Apocalipse” faz parte do “Mundo das Trevas”, um conjunto de histórias para sessões de RPG e de LARP. Muitas criaturas em MdT fiquem apenas esperando o momento certo de tirar alguma coisa dos humanos, mas os lobisomens não são assim (não o tempo todo). Eles são, ou se veem como, heróis com um único objetivo: destruir a Wyrm, a força que procura corromper e destruir tudo que estiver ao alcance dela.

O texto abaixo foi escrito sob o ponto de vista de um personagem criado para um LARP de “Lobisomem: O Apocalipse”. Foi a primeira vez que joguei um LARP com essa temática. Era julho/2013 e eu não sabia que estava para participar de um dos LARPs mais frenéticos e surreais da minha vida. 

Garra-das-Sombras. Alguns diriam que é um nome bem simples para alguém da minha tribo, mas ele combina comigo. Deixe a pomposidade e a nobreza para aqueles Presas decadentes de Prata, nós não precisamos disso.

Atacar quando não estão esperando, detectar a fraqueza dos inimigos e usá-la ao máximo, fazer o que fosse preciso para obter informações necessárias: isso é o que faz um Senhor das Sombras. Os outros dizem que somos desonrados. A Wyrm não luta de maneira justa e honrada, então por que nós deveríamos?

Quem realmente somos?

A maioria dos humanos acha que somos apenas lendas. Mesmo aqueles que sabem da nossa existência nos chamam de lobisomens, e não Garou. E aposto que todos eles acham que nascemos como humanos…

Nós, Garou, temos muitos poderes e o mais visível é a mudança de forma. Podemos assumir forma humana, forma de lobo e formas que parecem híbridos entre humanos e lobos. Os hominídeos são Garou que nasceram como humanos e os lupinos, como eu, são Garou que nasceram como lobos.

Tenho orgulho de ter nascido lobo. Eu me odiaria se tivesse nascido humano e vivido entre aquela raça imunda que só faz corromper e destruir. Quando assumi a forma humana pela primeira vez, senti nojo de mim mesmo. Nojo e inquietação: como criaturas tão frágeis tinham chegado tão longe? Aquilo com certeza foi mais um lembrete para nunca subestimarmos a Wyrm…

A nova matilha

Várias matilhas foram chamadas por um Ancião. Sendo um Senhor das Sombras, fui ensinado a segurar a língua quando preciso e vi que aquele era um desses momentos. Muitas criaturas da Wyrm estavam aparecendo de repente e matilhas estavam sendo formadas para combatê-las.

A minha matilha tinha três lupinos, incluindo eu mesmo, e dois hominídeos. Certo, eles eram Garou como nós, mas acho que eles passaram muito tempo entre os humanos antes de descobrirem quem realmente eram. Algumas marcas ficam muito fundas para serem apagadas.

Aquele Cria de Fenris só provocava confusão, como se pudesse ser o Alfa da matilha apenas gritando: “Eu sou o Alfa!!!”. É claro que eu seria o mais adequado, mas não era necessário ter pressa. Assim que eu visse lutas o suficiente pela liderança, eu aprenderia as fraquezas dos demais e usaria isso para me tornar o Alfa.

Mas antes disso, era hora de combater aqueles servos da Wyrm. Não foi difícil achá-los. Vencê-los, por outro lado, não seria tão fácil…

Garra-das-Sombras tem mais a dizer, só que o resto do relato vai ficar para o próximo post. Quaisquer dúvidas sobre os termos citados acima podem ser tiradas aqui.

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