“Lobisomem: O Apocalipse” – a visão de Garra-das-Sombras (PARTE 2)

Garou na forma Crinos.
Crédito: Creative Commons / Flickr

Este post é a continuação do relato de um personagem criado para um LARP de “Lobisomem: O Apocalipse”. A primeira parte abordou o encontro de Garra-das-Sombras com os novos companheiros de matilha. O encontro não tinha sido dos melhores e a partida para o local de combate foi um tanto precipitada, mas a Wyrm não espera os inimigos ficarem prontos.

Eu não me sentia bem naquela forma humana, mas teria que me acostumar. Já era ruim o bastante ter que lutar contra a Wyrm e não precisávamos de pessoas lançando olhares estranhos para nós no caminho. O Cria de Fenris continuava tentando se mostrar superior e aquela outra… uma lupina como eu, mas era tão vulgar, rude e arrogante que não poderia ser da minha tribo.

Ninguém da matilha além de mim era um Senhor da Sombra. Ou isso era uma feliz coincidência, ou os meus superiores já confiavam em mim o bastante para espionar Garou de outras tribos sem outro Senhor da Sombra ME monitorando. Qualquer que fosse o caso, eu precisaria desempenhar bem o meu papel. Benevolência nunca foi nosso forte, especialmente com falhas.

A Wyrm também prega peças

Cada matilha tinha um totem e o nosso era a barata. Não sei bem como explicar isso na língua dos humanos… totem é um espírito que pode ser invocado para vários propósitos, inclusive para ajudar durante um combate. O totem meio que zela por nós. A minha matilha finalmente encontrou o alvo. Se eu não fosse um Garou, até poderia admirar a ironia: nosso oponente era uma “nuvem” de baratas.

Baratas corrompidas pela Wyrm, verdade. Ainda assim, baratas. Lutar contra elas seria o equivalente a atacar nosso próprio totem e os Garou não toleram isso. Não me senti bem lutando contra o totem da minha matilha, mas que escolha eu tinha? Todo Garou deve estar preparado para morrer em combate, só que isso era diferente de deixar a Wyrm te matar sem fazer nada.

Agora que eu paro para pensar nisso, me surpreende a minha matilha ter agido tão rápido contra o inimigo. Era mais provável que eles fugissem da luta se agarrando à falsa honra que sempre fingiram ter. No entanto, parecia que nossos pensamentos estavam conectados.

A primeira luta da matilha

A maioria assumiu a forma de Crinos, ou seja, uma forma que era metade lobo, metade homem e com muita força bruta. A melhor para um combate corpo a corpo. Eles eram bons em lutas desse tipo partiram para cima daquela aberração. A hominídea e eu assumimos a forma Hispo (um “lobo monstro”, mais fraco que o Crinos, só que com muito mais agilidade) e ficamos lançando ataques à distância.

Meu Olhar Paralisante ajudou, embora estivesse longe de ser o suficiente. Cada um de nós tombou pelo menos uma vez e não é exagero dizer que quase perdemos um Garou. Ou nós tínhamos enfrentado de cara um oponente bem forte, ou minha matilha não estava tão tem sintonia quanto eu pensava.

As lutas acabaram e o Ancião novamente chamou as matilhas. Todos os alvos haviam sido abatidos e todos os Garou sobreviveram. Com cicatrizes em alguns casos, mas sobreviveram. Soube que deram muitas risadas lá na minha tribo quando descobriram que fiquei com o rosto marcado por causa de uma barata. Só que isso não foi a pior a parte. Nem de longe.

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