Noites Sombrias, o LARP na NO-NAME-CON

Neste sábado (14), começa o NO-NAME-CON. O evento será realizado no Enfarta Madalena, que fica na Rua Fidalga, 46 – Vila Madalena. Hoje, o Fantasia em Jogo entrevista o Coordenador Geral do NO-NAME-CON, Kaio Corsato, que também é o criador de uma das atrações do evento, o LARP Noites Sombrias.

Kaio Corsato durante um LARP de Mundo das Trevas
Kaio Corsato durante um LARP de Mundo das Trevas

FANTASIA EM JOGO – Como surgiu a ideia do LARP Noites Sombrias? Como ele foi criado?
Kaio Corsato – Após jogar quase dois anos Live-Action em São Paulo, especificamente a temática de Vampiro, vi que ela dispõe de várias vertentes. Porém, o foco se mantém sempre em Vampiro. O grupo que melhor trabalha as vertentes do Mundo das Trevas em São Paulo é o conhecido Brasil by Night, mas mantém-se na tradicional guerra entre a Camarilla e o Sabá (seitas de vampiros). Não há tanta expansão ao cenário inteiro de Mundo das Trevas por si só. Decidi expandir esse universo, estudando-o através das mecânicas originais de livros de mesa e tendo o Teatro da Mente como sua base. O projeto Noites Sombrias é realizado com o foco nas principais e mais conhecidas sagas do Mundo das Trevas: Vampiro: A Máscara, Caçadores Caçados, Lobisomem: Os Esquecidos, Mago: O Despertar, e Changelling: Os Perdidos.

Nota do blog: o Mundo das Trevas é um conjunto de histórias criadas para grupos de RPGs e de LARPs. Nessas histórias, seres sobrenaturais manipulam os humanos secretamente em infindáveis jogos de poder. Quase sempre, o Mundo das Trevas adota uma visão sombria e depressiva dos acontecimentos. A todo momento, corrupção, caos e destruição aguardam personagens incautos e os nem tão incautos assim. 

FJ – Fale um pouco sobre a história do seu LARP.
KC – Creio que esse “Quote” transmita bem a ideia básica do jogo: “Os mortais vivem em total ignorância em relação aos fatos sobrenaturais que ocorrem ao redor deles. Passeatas ocorrem em frente à Avenida Paulista e à Prefeitura de São Paulo por causa dos impostos. E se há mais de 30 anos a sociedade brasileira estivesse sendo enganada, manipulada e estudada? Maria Isabel I, filha de Dom Pedro I, viveu em segredo na Sociedade Vampírica por muito tempo, sem alarde. Acompanhou a evolução do País em segredo e aguardou em silêncio para ver como a sociedade mortal se desenvolveria. Ela acreditava que o povo não poderia ser mais deixado na ignorância e elevou-se em planos para a conquista do Brasil”.

FJ – Qual vai ser o sistema? Que tipos de personagens estarão nele?
KC – O sistema utilizado é o Teatro da Mente com algumas alterações sutis em sua mecânica. Personagens em sua maioria da atualidade (vampiros comuns nas crônicas de “Vampiro: A Máscara”), mas contaremos com a presença de anciões conhecidos da campanha como Elizabeth Bathory e Vlad Tepes em um futuro próximo dela.

FJ – Se dois personagens entrarem em conflito, por um exemplo, um tentar bater no outro, como isso será resolvido?
KC – A mecânica utilizada para a resolução de conflitos, tanto abertos quanto fechados é uma simulação mais avançada do conhecido jogo de Jo-Ken-Po.

Nota do blog: Teatro da Mente é um sistema criado para LARPs. As habilidades nas fichas e o Jo-Ken-po são usados para determinar o sucesso ou fracasso das ações. Dependendo, por exemplo, do adversário a ser enfrentado, uma vitória no Jo-Ken-po pode ser suficiente para vencer. Em outros casos (ex.: adversários muito poderosos), o jogador precisaria vencer, por exemplo, dez Jo-Ken-Pos e não perder nenhum.

FJ – Qual o horário do LARP? Em quais dias ele vai acontecer?
KC – Estima-se que ocorra durante o sábado e a segunda de Carnaval, das 14h às 20h. Há uma possibilidade de a sessão se estender para domingo e terça, mas não dispomos de cronograma aberto para tal ainda.

FJ – Qual é o número mínimo e máximo de pessoas por sessão?
KC – 6 pessoas, seria o mínimo 14 o ideal, e 20 o máximo por dia de jogadores.

FJ – É preciso estar caracterizado? Haverá roupas disponíveis para quem não está caracterizado e quiser se vestir como um personagem?
KC – Não, como o modelo de LARP é atual, não há a necessidade de figurino específico. As pessoas podem vir de roupa formal ou bermuda e chinelo, é indiferente.

FJ – Haverá alguma preparação no lugar onde o LARP vai acontecer? Se sim, qual?
KC – Não, o próprio local já se encontra ambientado, o local é antigo, parecendo ruínas de calabouço em seus fundos, da a ideia de uma casa de construção dos anos 40, é o que é necessário para o LARP.

FJ – O LARP só vai acontecer durante o NO-NAME-CON ou vai continuar depois?
KC – Sim, o LARP se tornará uma campanha fixa ao qual ocorrerá possivelmente todo 3º ou 4°domingo de cada mês.

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