Terra Magic vira a noite em RPG, Trading Card Game e jogos de tabuleiro

Das 10h do último sábado (7) às 20h do último domingo (8), houve uma maratona de jogos na loja Terra Magic, o “Corujão Terra Magic”. Durante mais de 30 horas, o estabelecimento funcionou ininterruptamente e foi palco de várias estratégias, emoções, aprendizado e batalhas. Traduzindo: sessões de jogo de tabuleiro, de Trading Card Game e de RPG.

Um dos sócios da Terra Magic, Fábio Aranha, explicou o evento: “O Corujão surgiu da necessidade do pessoal ter onde jogar no final de semana, durante a madrugada. Jogadores de RPG e de boardgame (jogos de tabuleiro) gostam de jogar de madrugada. Então, ele (o Corujão) supre duas necessidades: o de um lugar para jogar e o de pessoas com quem jogar. Se uma ou duas pessoas querem jogar um jogo que precise de seis para ficar mais legal, elas vêm para a Terra Magic, encontram outras pessoas que estão na mesma situação e formam seis pessoas”.

Também de acordo com Aranha, as outras lojas do ramo apostam muito no público do Magic e deixam os outros públicos de lado. Ainda segundo ele, a Terra Magic é para todos os públicos, e não apenas para os jogadores de Magic: “A regra aqui é não ter regra. Se você quer jogar um jogo que você já conhece e precisa de uma mesa para ele, a mesa está aqui à disposição. Se você quer aprender sobre um jogo, não conhece nada sobre ele e já tem uma galera jogando, a mesa está à sua disposição. O espaço está aqui. Só precisamos de gente”.

Ainda segundo ele, ninguém precisa pagar para jogar no estabelecimento e não existe consumação mínima obrigatória. A única exigência é: caso a pessoa resolva comer ou beber alguma coisa enquanto estiver jogando, deve ser algo comprado na própria loja.

Entre os jogos de tabuleiro vistos no evento estavam Star Wars X-Wing, Dungeons & Dragons: Wrath of Ashdarlon e Arena, um jogo que ainda está para ser lançado no mercado e que foi levado para testes durante o evento. Pela expressão dos jogadores nas mesas, Alexandre Aboud e Clayton Machado acertaram a mão ao criarem o jogo.

Com a palavra, os criadores do Arena

Segundo Aboud, “Arena é um jogo de tabuleiro no qual você monta times com personagens icônicos medievais. Você monta uma equipe de três a quatro personagens e vai poder lutar contra outros jogadores ou fazer missões contra um mestre. O objetivo da Arena foi reunir o que jogos famosos como Magic, Dungeons & Dragons, League of Legends (LOL) têm de melhor. Ele tem elementos desses jogos para criar uma combinação fácil de aprender, equilibrada e emocionante”.

Machado complementa, dizendo que há várias possibilidades no jogo: lutar contra um chefão; jogador vs jogador; modo bandeira (que não é necessariamente um contra o outro); modo general, no qual há um personagem mais forte que não pode ser eliminado enquanto os outros não forem mortos; entre outros.

Aboud continua: “Arena é muito fácil de aprender. Mas, ao mesmo tempo, quando a pessoa joga bem, o número de estratégias é infinito”. Ele também ressalta o equilíbrio entre os personagens: “A gente acredita que uma escolha melhor do que outra deixa de ser escolha. Ou vira uma obrigação, ou um sacrifício”. Também de acordo com Aboud, outro elemento da Arena é a diferenciação: “…nenhum personagem tem golpes iguais ao de outros, mesmo aqueles de mesma categoria”.

O final homérico de Space Dragon

Aliens, Predadores (sim, os dos filmes Alien vs Predador), humanos, androides: todos lutando contra todos dentro de uma nave numa batalha sem juízes, limites de tempo ou regras. Assim foi a mesa de RPG “Space Dragon”. Depois de muitas lutas, os mestres e os jogadores não pararam de comentar a maneira como tudo acabou.

Fernando Garrido Prandini, mais conhecido como “Guará”, deu sua declaração: “Existia uma arma de ataque em massa. Um grupo de soldados e um de mercenários foram pegar a arma. O que eles não sabiam era que a arama era uma ‘Alien-mãe’. Meu amigo e eu jogamos como Predadores. Nos separamos, e ele começou a apanhar para os Aliens. Eu estava quase matando a ‘Alien-mãe’ porque eu a levei para um reator nuclear. Estourei o primeiro reator (…)”.

A jogada capital aconteceria logo depois: “Só que aí, eu recebi o sinal de que meu parceiro tinha morrido. Como todo bom Predador, eu ativei a bomba. Imagina uma bomba termonuclear ativando perto de um reator nuclear. Foi a ‘Alien-mãe’, foi o pessoal que estava tentando fugir, e eu coloquei um cronômetro para eles fugirem. Foi metade da nave, foi as outras duas naves, resumindo, foi metade do planeta pro saco”.

Então, quer dizer que Prandini matou todos sozinho? Mais ou menos: “Teoricamente, sim, mas na prática, dois caíram num fosso e quatro já tinham sido executados pelos mercenários. Mas eu matei seis de uma vez só. Eu li o que você falou no blog sobre mortes de personagens, para não se apegar. Aí, falei: ‘Beleza’. Desapeguei todo mundo. Simples assim”.

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