CIDADES JOGADORAS (PARTE 1) – LONDRINA

Londrina, assim como outras cidades, tem um público fiel de jogadores de Live Action, RPG, Boardgame e outros jogos. O que esses jogadores curtem? O que os jogos de Londrina têm de especial? Como a cidade lida com os jogadores? Essas e outras perguntas serão respondidas aqui.

Um ponto de encontro dos jogadores é o “RPG e LARP Londrina“, criado por Fernando Fiorin. Segundo ele, Londrina tem vários grupos espalhados que jogam nas casas deles, tornando impossível enumerar quantos jogos existem na cidade. Fiorin administra um Live Action de Vampiro: A Máscara e afirma que, bem raramente, a cidade tem outros LARPs.

Jogadores de LARP de "Vampiro: A Máscara" posando para foto.
Londrina by Night, campanha de Live Action de “Vampiro: A Máscara”

Quanto ao RPG, o jogador Renan Nishioka assegura que é fácil conseguir entrar numa mesa. Ele também menciona os jogos de tabuleiro: “…existe a Batbanca, que está sempre atualizada no mercado de jogos. Existem muitos jogadores e possibilidades de jogos em Londrina”.

Nishioka prova a afirmação anterior ao falar sobre o que joga atualmente: “Jogo o Londrina by Night, algumas mesas de RPG, Pathfinder, Lobisomem: O Apocalipse, Call of Cthullu, Sumonner Wars e mestro uma mesa de Vampiro: O Réquiem. Estamos montando a Liga Londrinense de X-Wing.

O que a cidade oferece? O que ela poderia oferecer?

Segundo Juliana Oliveira, “…Londrina conta com uma infinidade de Mestres dos mais variados sistemas. Inclusive, alguns deles estão começando agora, mas já mandam muito bem”. Ela relata que a cidade tem lojas de jogos e artigos geek onde as pessoas se reúnem para jogar vídeo game. Além disso, “…têm muuuuitos jogadores de Magic…”.

Oliveira gostaria de eventos mais específicos em Londrina: “A gente se enfia em eventos de Anime e cultura japonesa, mas seria legal ter algo voltado somente para o RPG e LARP. Seria a oportunidade de atrair novos jogadores e trocar experiências”.

A opinião de Nishioka segue a mesma linha. De acordo com ele, a cidade precisa ter mais lojas onde se possa jogar RPG, Live Action e jogos de tabuleiros em geral; lugares de fácil acesso para jogos; e mais eventos de jogos.

A visão de fora

“A aceitação pela população da cidade é tranquila e nunca ouvi casos de jogadores que tivessem sido perseguidos ou barrados de jogar, mesmo em lugares públicos como parque e shoppings”, diz Fiorin.

A opinião de Oliveira é um pouco diferente: “…as pessoas acham estranho, mas não a ponto de acreditar que somos ‘adoradores de Satã’. Já saímos caracterizados do LARP (…), e o pessoal dava aquela olhadinha estranha ou vinha perguntar se era algum evento. Quando começávamos a falar, demonstravam um certo interesse”.

Ela acrescenta que, em muitas ocasiões, os jogadores ficam empolgados depois de alguma mesa falando sobre o que aconteceu nela: “Quem está ouvindo nos arredores acha que somos completamente loucos”.

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